Post Scriptum Izanagui é o relicário virtual de um pretensioso escritor (e talvez amaldiçoado) que tropeça pelas sensações do terror, da melancolia e do absurdo. Inspirado por Lovecraft, Poe, Álvares de Azevedo e outros senhores loucos da palavra, este blog abriga contos, ideias sombrias, devaneios poéticos, análises literárias e surtos criativos registrados antes que escapam para o éter. Entre, leia, mas com cuidado: algumas palavras sussurram de volta.
domingo, 27 de abril de 2025
Análise: Cânticos Calvário de Fagundes Varela
Uma Pequena Vitória no Meio do Caos (e da Falta de Seguidores)
sábado, 26 de abril de 2025
Carta a Álvares de Azevedo
quinta-feira, 24 de abril de 2025
Microconto: a cama que era do falecido
quarta-feira, 23 de abril de 2025
Análise: Adeus, Meus Sonhos - Álvares de Azevedo ou o Gótico Emo Original
Agora vocês vão saber porque eu me identifiquei tanto com Álvarez de Azevedo nos idos dos meus 17 anos, não que eu fosse emo, não que eu tenha alguma coisa contra eles, mas hoje eu tenho vergonha de mim mesmo.
Então, prepare seu café mais forte, apague a luz do quarto e coloque a minha trilha sonora "Alternativa" do Spotify: vamos mergulhar nesse suspiro literário de Álvares de Azevedo, o poeta que conseguiria transformar até um parque de diversões em um velório elegante.
terça-feira, 22 de abril de 2025
Relato onírico 002: Doná Diná e a casa das teias monstruosas
Visita Noturna à Mansão de Dona Diná (com um toque de aranhas e passarinhos reféns)
segunda-feira, 21 de abril de 2025
Relato onírico 001: Canibais no Mangue e a Catedral do Delírio
Um Mausoléu Para Meus Sonhos (e Outras Assombrações Pessoais)
Decidi fundar neste blog um mausoléu para os meus sonhos mortos. Aqui, pretendo enterrá-los com a devida pompa fúnebre — talvez até jogando umas flores de vez em quando, na esperança tola de que alguma essência se desprenda dos cadáveres oníricos e possa servir de combustível para meus contos. Ou, quem sabe, só pra não enlouquecer sozinho. (Dizem que escrever é mais barato que terapia, né?)
E, para inaugurar esta sessão necrológica do subconsciente, trago o relato de um dos meus devaneios mais recentes — uma pequena odisseia do absurdo, nascida entre o REM e o reino das trevas:
domingo, 20 de abril de 2025
Crônicas da Kripta nº1: Vampiros, Terremotos e Pauladas Divinas
Sempre fui apaixonado por quadrinhos de terror das antigas — aquelas relíquias amareladas que cheiram a mofo, nostalgia e um pouco de enxofre. No topo da minha pilha sagrada está Kripta, aquela obra-prima da RGE que assombrou as bancas brasileiras entre 1976 e 1981. Havia outras pérolas na época, claro... mas, por enquanto, estou obcecado em completar minha coleção de Kripta antes de invocar os outros demônios impressos.
E para celebrar essa jornada macabra pelas páginas esquecidas do horror pulp, começo agora uma série de dissecações — quer dizer, análises — das histórias que mais me divertem (e me inspiram a escrever as minhas próprias aberrações literárias).
A primeira vítima dessa necropsia nostálgica? Drácula, a história inaugural da Kripta nº1. Escrita por um tal Dube (provavelmente um pseudônimo amaldiçoado) e desenhada pelo brilhante Tom Sutton, com capa do nosso talentoso necro-ilustrador Walmir Amaral.
A trama é um delírio deliciosamente absurdo: Drácula chega a São Francisco em 1906, conduzido por uma sacerdotisa que, vejam só, quer converter o príncipe das trevas ao Bem (com B maiúsculo e tudo). O local era conhecido como Costa Bárbara — um caldeirão fervente de pirataria, satanismo, bruxaria e tráfico de escravas brancas. Quase um Google Maps do Apocalipse.
É genial. Uma sátira acidental (ou não) sobre egos imortais e forças da natureza que não dão a mínima pra mitologia pessoal de ninguém. Ainda assim, o vampirão resgata a bruxa e a prostituta e foge com elas para o único navio que sobreviveu ao desastre — porque claro, nada mais lógico.
A bordo, Drácula decreta suas vinganças com classe gótica:
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À bruxa, que teme a morte:"Vais permanecer morta mais do que uma eternidade."
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À prostituta, que teme a escuridão:"Vais pagar vivendo eternamente no mundo dos vampiros... o mundo das trevas!"
É o tipo de terror exagerado, dramático e deliciosamente ridículo que me faz rir alto no escuro. A morte da deusa com uma paulada é ouro puro. O roteiro caminha entre o horror e a paródia com a desenvoltura de um cadáver dançando bolero.
Os desenhos? Confusos. Cheios de sombras, riscos, texturas e expressões que variam entre o pânico absoluto e o olhar perdido de quem esqueceu o texto. Mas eu amo cada centímetro deles. São um labirinto visual que combina perfeitamente com o caos das tramas.
Fiquei tão encantado com esse festival de absurdo sombrio que estou até cogitando reescrever essa história em forma de conto — talvez ambientado no Brasil, com um toque de candomblé, um navio negreiro assombrado, e o Drácula fugindo num ferry boat do Rio-Niterói. Vai saber...
Por enquanto, deixo vocês com essa pérola gótica-trash e um convite: acompanhem as próximas análises aqui no blog. Porque rir no escuro também é um ato de resistência.
sábado, 19 de abril de 2025
Encontraram o esconderijo de Éricka Nzurá?
Os bravos — ou talvez apenas inconscientes — investigadores paranormais do YouTube, conhecidos no submundo virtual como Los Boy Magia, resolveram enfiar o pé na lama (literalmente) e adentrar os confins de um matagal numa zona rural que provavelmente nem o Google Maps reconheceria.
sexta-feira, 18 de abril de 2025
Um devaneio sombrio perdido na selva digital
Em uma daquelas noites insones — quando o sono foge e sobra só o zumbido das teorias da conspiração e o eco distante das profecias bíblicas — tive a ousadia quase profana de escrever sobre o tema. Não, não é minha área. Nem de longe. Mas como todo bom lunático que respeita sua própria insanidade, senti que precisava deixar isso registrado. Vai que, num futuro apocalíptico qualquer, alguém tropeça nesse relicário esquecido na Amazon e murmura:
"Quem foi o insano que escreveu isso? Izanagui... esse nome soa como uma maldição esquecida."
Então lá está ele: meu eBook, lançado no Kindle como quem acende uma vela num mausoléu vazio. E para minha total incredulidade (ou justiça cósmica?), no primeiro mês ele foi devorado por uma multidão... de 7 páginas. Sete. Contadas.
Se você estiver entediado o suficiente para mergulhar nesse delírio literário — e, surpreendentemente, eu achei a leitura bem divertida — aqui está o link. Mas vá por sua conta e risco. Depois não diga que não avisei.
Um dia ainda vou traduzir essa obra pro inglês, só pra descobrir se minha falta de reconhecimento é um fenômeno nacional… ou um fracasso internacional mesmo.
Pelo menos o nome do livro deveria ganhar um prêmio Nobel:
"Criptomoeda L.I.F.E - Last Intelligence For Existence" subtítulo "Sua vida foi monetizada".
quinta-feira, 10 de abril de 2025
Caronte, o Uber das Almas (e eu querendo uma carona)
Numa dessas noites insones em que a realidade perde a cor e a internet vira um labirinto de promessas literárias, tropecei — felizmente, não em uma alma penada — no site Seleções Literárias. Um verdadeiro relicário para escribas como eu: apaixonados pela escrita, ligeiramente perturbados e com tendências a ver sombras onde há apenas cortinas mal fechadas.
Foi lá que avistei, cintilando como um farol no nevoeiro do submundo editorial, o concurso “Caronte”, promovido pela sempre provocadora Medusa Editorial. O tema? Uma releitura da travessia final — aquela que todos nós faremos um dia (mas com sorte, não tão cedo). A proposta é simples e deliciosamente macabra:
domingo, 6 de abril de 2025
Criação para o concurso antologia "Lendas Urbanas: E se Forem Reais?"
Certa noite, enquanto me perdia nos recantos mais obscuros da web, tropecei em uma proposta que, confesso, me arrepiou até os ossos. Um concurso de contos de terror, com a possibilidade de ter minha história imortalizada no nostálgico canal WebTV. Os anos 80 e 90 ainda vivem nas sombras do nosso imaginário, e nada mais perfeito para dar um toque de mistério e arrepios.
A descrição do concurso... bom, leia e me diga se você não sente uma leve sensação de desconforto:
"Aposto que você já ouviu alguma. Ficou surpreso? Eu também. Elas estariam no imaginário da população? Ou talvez, muito mais perto do que imaginamos? Às vezes penso que é um mistério... um bom suspense. E você, o que acha? Eu chego a crer que algumas histórias são reais, mas ao serem passadas de boca em boca, ganham uma camada de horrores adicionais. Quem conta um conto... aumenta o ponto."
E quando se fala em "aumentar o ponto", minha mente logo se perde em uma lenda urbana que já visitou os pesadelos de muita gente: A Mulher de Branco na Estrada. Uma história com mil versões, adaptada e distorcida por cada região, mas sempre com um toque de terror universal.
Agora, você me permite dar minha própria versão? Bem, segure-se, porque o que vem por aí é... inesperado.