Os bravos — ou talvez apenas inconscientes — investigadores paranormais do YouTube, conhecidos no submundo virtual como Los Boy Magia, resolveram enfiar o pé na lama (literalmente) e adentrar os confins de um matagal numa zona rural que provavelmente nem o Google Maps reconheceria.
Ali, entre sapos silenciosos demais e o mato que parecia observar, eles se depararam com um casebre abandonado. O lugar ainda ostentava um telhado de eternite (eterno na teoria, trágico na prática) e janelas de madeira escancaradas como se gritassem: “entrem, seus tolos!”
Foi nessa noite que o caos decidiu fazer hora extra. Cheiros inenarráveis de coisa morta temperada com enxofre começaram a surgir do nada, acompanhados por um rosnado animalesco que a câmera capturou com nitidez... só que ninguém conseguiu dizer de onde vinha o som. O mato? As entranhas da casa? O estômago de algum dos "boys"? Mistério.
Mas o clímax da sessão foi digno de Oscar para efeitos paranormais práticos: o telhado começou a se partir. Sozinho. Ritmado. Como um metrônomo maldito regendo a trilha sonora do capeta. Não caíam pedras, não havia vento, tampouco pássaros kamikazes — era o próprio telhado se desfazendo em sequência ordenada. Como se algo invisível e metódico estivesse martelando cada pedaço com prazer sádico.
Naturalmente, a equipe recuou. Um pouco por medo, mas principalmente porque ninguém quer levar eternite na testa em rede nacional.
E aí, justo quando eles pularam a cerca, eu juro — JURO MESMO — que vi algo na porta do casebre. Uma figura. Uma aparição que ninguém ousou comentar. Talvez por medo, talvez por vergonha, ou talvez porque o editor cortou na pós.
Alguns teóricos da conspiração sussurram que essa seria a famigerada morada da bruxa Éricka Nzurá, aquela que aparece nos arquivos esquecidos da deep web. Mas sinceramente? Duvido muito. A velha Éricka sempre foi esperta demais pra se esconder num lugar tão fácil de achar. Essa cabana parecia mais o tipo de armadilha feita pra atrair youtuber curioso do que um lar de verdade.
Mas enfim, fica o aviso: se um dia você ouvir telhas quebrando sozinhas em ritmo de samba satânico... corra. Ou grave, né? Vai que viraliza.
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