Visita Noturna à Mansão de Dona Diná (com um toque de aranhas e passarinhos reféns)
O estado da casa? Um charme decadente. O quintal parecia ter sido decorado por um furacão em parceria com um colecionador de telhas. Havia teias de aranha dignas de museu, tão espessas que poderiam ser confundidas com crochê de vó. E uma em especial, colada na parede, parecia uma armadilha do universo: larga, grossa e pronta pra capturar... passarinhos. E capturou. Pensei "isso daria uma cena ótima pra um conto!" — e como se o sonho estivesse me lendo, um bando de pássaros ficou preso na hora. Uma espécie de "pegadinha do inconsciente".
Não sei o que eu fiz, talvez tenha usado o poder secreto da culpa, mas consegui libertar os pobrezinhos. Estava ali, pronto para sacar meu caderninho de ideias macabras, quando Igor, meu amigo — que sempre aparece quando as coisas começam a ficar boas demais ou perigosas demais — chegou dizendo: "Bora, tá na hora."
Hora de quê? De fugir da mansão assombrada? De tomar café da manhã com fantasmas? Nunca saberei. Acordei. Mas anotei tudo. Afinal, até os sonhos merecem virar histórias... ou pelo menos bons causos de blog.
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