terça-feira, 22 de abril de 2025

Relato onírico 002: Doná Diná e a casa das teias monstruosas

Visita Noturna à Mansão de Dona Diná (com um toque de aranhas e passarinhos reféns)



Hoje sonhei que estava de volta à casa de Dona Diná, a avó de dois amigos meus que já partiu dessa para uma bem mais silenciosa (espero). A casa, que já era grande nos nossos tempos de infância, agora parecia um castelo pós-apocalíptico: a fachada com seus três andares altivos e a parte de trás com dois, como se a arquitetura tivesse sido desenhada por um arquiteto indeciso. Cinco casas em uma só, porque né? Quem não quer morar com cinco versões de si mesmo?

O estado da casa? Um charme decadente. O quintal parecia ter sido decorado por um furacão em parceria com um colecionador de telhas. Havia teias de aranha dignas de museu, tão espessas que poderiam ser confundidas com crochê de vó. E uma em especial, colada na parede, parecia uma armadilha do universo: larga, grossa e pronta pra capturar... passarinhos. E capturou. Pensei "isso daria uma cena ótima pra um conto!" — e como se o sonho estivesse me lendo, um bando de pássaros ficou preso na hora. Uma espécie de "pegadinha do inconsciente".

Não sei o que eu fiz, talvez tenha usado o poder secreto da culpa, mas consegui libertar os pobrezinhos. Estava ali, pronto para sacar meu caderninho de ideias macabras, quando Igor, meu amigo — que sempre aparece quando as coisas começam a ficar boas demais ou perigosas demais — chegou dizendo: "Bora, tá na hora."

Hora de quê? De fugir da mansão assombrada? De tomar café da manhã com fantasmas? Nunca saberei. Acordei. Mas anotei tudo. Afinal, até os sonhos merecem virar histórias... ou pelo menos bons causos de blog.


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