Onde até os mortos fazem hora extra
Você está sozinho em casa. O relógio marca 3h33. Um vento gélido atravessa o cômodo, as luzes piscam, e um leve rangido vem do corredor. Seria o encanamento… ou a velha senhora que morreu ali nos anos 40? Bem-vindo ao turno noturno do sobrenatural — onde fantasmas, demônios e criaturas sem carteira assinada nunca pedem férias.
O medo do sobrenatural não é só o medo do que está além. É o medo do que não devia estar aqui, mas está — e de chinelos. Ele se esconde nos cantos escuros da casa, nas rachaduras da realidade e nas entrelinhas dos contratos com o diabo.
Fantasmas surgem para lembrar que ninguém escapa de suas pendências — nem mesmo após a morte. Demônios adoram uma barganha, e entidades obscuras têm um senso de humor peculiar (do tipo que ri enquanto você tenta recitar um exorcismo do Google).
No fundo, o terror sobrenatural é sobre limites violados: entre o mundo dos vivos e o dos mortos, o natural e o impossível, o lógico e o absolutamente insano. E quanto mais tentamos entender, mais ouvimos risadinhas vindas do sótão.
Por isso, da próxima vez que algo sussurrar seu nome no escuro… finja que não ouviu. Quem trabalha no turno espiritual adora um dramalhão.
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